quarta-feira, agosto 19

Querido, quero mudar a casa toda



As férias foram tão boas que me deram imensa energia para arrumar a vida. O facto de saber que, quando começarem os dias mais frios e chuvosos vou perder alguma mobilidade, também me incentiva a querer organizar imensa coisa que envolve andar a fazer voltinhas de carro para aqui e acolá.

Além das corridas que andamos a fazer, separados infelizmente, para alguém ficar com o Henrique, andamos a tratar de imensa coisa cá em casa. Na lista de prioridades está a revisão e alguns arranjos estéticos ao meu Smart, que queremos vender por motivos óbvios, mas também comprar uma cama nova para nós, porque precisamos de melhorar a qualidade do nosso sono e pensar um bocadinho mais no nosso conforto que tem ficado sempre relegado para segundo plano, e ainda uma estante mais segura para a sala para substituir a nossa linda da Altamira (na fotografia), que era dos meus avós mas que, infelizmente, é um verdadeiro perigo para o mini. Queremos também calafetar as portas da rua, para não termos outra conta de eletricidade de 650€ no final do próximo inverno, pendurar uma série de quadros, voltar a organizar o quarto do Henrique para o tornar mais apropriado a um bebé quase andante e tenho também estado a organizar as roupas todas dele e uma série de coisas que quero emprestar a uma das minhas melhores amigas que está grávida. Pelo meio, ainda andamos a pôr as nossas consultas médicas de rotina em dia.

Há tanto para organizar, medir, refletir e tantas contas para fazer no meio disto tudo... mas, na verdade, não estou minimamente cansada destas tarefas! Adoro que estejamos os dois sintonizados no bem-estar da nossa família. Acho que é meio caminho andado para o trabalho dele correr melhor, porque quando chega a casa consegue desligar mais, e o Henriquinho também não precisa de se sentir sempre o centro das atenções. Ao contrário do que se possa pensar, acho que eles gostam muito de nos acompanhar nas atividades de crescidos e de não estarmos sempre em cima deles. E o IKEA, por exemplo, é um belo salão de jogos... demos por nós a dançar com ele na zona dos colchões, e ele fica interessadíssimo a ver todas aquelas coisas novas. Fiquei cheia de vontade de voltar lá, sobretudo num dia de mau tempo, para ficar a brincar com ele na zona dos miúdos, onde há brinquedos diferentes dos de casa, tendas, quartos coloridos... Que felicidade poder focar-me nesta alegria do dia-a-dia, nas coisas simples.

terça-feira, agosto 18

Dentes ou mau feitio?

O Henrique sempre adormeceu no carro, como a maioria dos bebés, e continua a fazê-lo em pequenos percursos, mas nas viagens grandes tem estado impossível. Não adianta eu ir atrás, nem cantarmos todas as músicas que conhecemos, nem ter os brinquedos preferidos perto dele. A última viagem de Coimbra para Lisboa foi tão má, chorava como se lhe estivéssemos a bater, que achámos que só podiam ser dentes. Corremos para a farmácia a comprar um calmante para as gengivas - o Camillia da Boiron - que, na altura, pareceu funcionar. No dia seguinte nada de birras e pensámos logo - bolas,  não são dentes, era mesmo uma sacana de uma birra monumental!

Tem repetido a "brincadeira" para mudar a fralda e às vezes para comer. Nuns dias um bem disposto, noutros um pequeno terrotista, mas sempre bonzinho, como diz o meu pai. E nós concordamos, claro, preferimos mesmo acreditar que estas manifestações barulhentas são a chegada do primeiro dente, algo que para mim começa a ser tão misterioso como as cólicas iniciais.  

Na verdade, acho que ninguém quer assumir que os bebés também têm mau feitio, stress e sono, muito sono. Há sempre ali um álibi pseudo-científico para os salvar. 

sexta-feira, agosto 14

Este miúdo mata-me de amor

Há as birras e há a maior parte dos momentos que são técnicos, em que a felicidade está lá mas não precisamos sempre de estar sempre a pensar nisso para nos sentirmos especiais e sortudos. E depois há aqueles momentos que não dá para descrever porque parecem tontos de simples, mas que são mesmo incríveis no coração de uma mãe. 

Quando está bem disposto depois de comer costumo ficar ali um bocadinho de roda dele na cadeira da papa a brincar até sentir que está pronto para a sesta ou para a noite. Hoje pus a cabeça em cima do tabuleiro para ele me mimar, o que equivale a deixá-lo puxar-me os cabelos, o nariz e tudo o mais, e ele ria-se que nem um perdido de ter ali a sua mamã em vez do prato da sopa. Depois quis o pacote de toalhitas que estava em cima da bancada. Comecei a fazer "cucu, onde está a mamã" e em vez de precisar de me esconder foi ele com o pacote a esconder-me a cara várias vezes. Estávamos os dois tão felizes que só nos ríamos da felicidade de podermos comunicar com algo tão simples. Ele sabia que eu estava a percebê-lo e estava radiante com isso. É tão bom dar-lhe os meus dias, poder estar em casa para presenciar estes momentos. Ainda que os dias não sejam leves - ser mãe é verdadeiramente trabalhar a tempo inteiro - não me canso desta decisão. 

quinta-feira, agosto 13

Voltar a casa

Depois de uns dias em Coimbra com os sogros e a minha irmã mais nova, entre mimos ao Henrique e petiscos divinais, que me dão um bom descanso da cozinha, regressámos a casa. Já não temos mãos e braços extra ou a piscina para chapinhar, mas temos as nossas coisas, os brinquedos todos e as rotinas também acabam por ser reconfortantes. 

É tempo de arrumar as mil roupas do mini que já não servem, organizar a casa e de voltar aos jantares bons a dois e aos minutos preciosos no sofá com o silêncio e a televisão que nos apetecer. Voltámos também ao jardim e aos passeios tranquilos no bairro. Agosto é uma delícia na cidade, é tudo tão mais calmo... 

A coragem do recomeço deu-me energia para voltar a correr. Hoje ainda foi só  o primeiro dia, a ideia é tentar mexer-me pelo menos três vezes por semana. Para já, estou a seguir um plano para iniciados em que vou intercalando a marcha com a corrida. Estive 18 meses sem fazer qualquer tipo de desporto - 9 meses de gravidez e 9 meses de Henrique - e não quero abusar, para além de sentir que estou mesmo pesada. As férias também não ajudam nada... Já estou com aquela sensação terrível de barriga quando me sento e, por isso, tinha mesmo de fazer alguma coisa. Gostava de perder pelo menos 5 kg e, como estamos a pensar noutro filho para breve, e não quero perder a mobilidade que o Henriquinho e a saúde exigem, é mesmo importante fazer este esforço agora. Haja coragem para me levantar às 7h. O lado bom é que é tempo que me estou a obrigar a ter para mim, uma das minhas resoluções de férias. 

terça-feira, agosto 11

E as férias (dos outros) continuam

O verão tem sido generoso connosco. Estar em casa com o Henrique nesta altura do ano é muito menos monótono porque aproveitamos as férias dos avós, tias, primos e estamos muito mais acompanhados. Nos últimos dias fomos visitar os meus avós e ele foi mimado por toda a família, enquanto eu também matava saudades deles e da casa dos meus verões da infância. Aos fins-de-semana tentamos estar mais os três e com a família mais próxima e é raro poder estar assim. Não há nada como dormir em casa dos meus avós, sermos muitos a tomar o pequeno-almoço, beber o café fraquinho e delicioso da minha avó e comer aquelas torradas de pão a sério com manteiga, como quando tinha 10 anos. Fazer tudo isto com o Henrique é muito mais intenso, tenho menos tempo útil para conversar e para sentir verdadeiramente o descanso que dantes sentia só por estar no campo e haver pouco para fazer, mas também é reconfortante partilhar o nosso bebé e ver como todos se alegram à volta do primeiro bisneto. 

Cada vez me sinto menos parte dos netos e mais integrada junto dos adultos. Não que isso não acontecesse já há uns bons anos, sobretudo desde que trabalho (há mais ou menos 10 anos) mas parece que, quanto mais passo pelas provas mais duras da vida - e ter um filho é sem dúvida a experiência mais desafiante que vivi até hoje - mais confiante e crescida me sinto. Já não há tempo para dúvidas existenciais, birras de adolescente, vontade de estar noutro sítio. Agora é mesmo abraçar a felicidade de ter nascido nesta família, ainda que sejamos todos tão diferentes, e de termos a sorte de partilhar a mesma história.

No meio destas emoções, o Henrique consegue sempre surpreender-me no fator adaptação. Andamos a rodar de casa em casa quase de semana para semana e ele não parece estranhar assim tanto. Adorou o mimo e a atenção (acho que tem uma paixão pela minha avó que tem um jeitaço inato para crianças, é impressionante como rejuvenesce junto dele), delirou com os patinhos e com o jardim e também se sentiu à vontade para fazer algumas das suas melhores birras. Anda a delimitar terreno, sobretudo a hora da refeição mas, como está um pequeno texugo, não nos preocupamos nada se não comer tudo... Às vezes perde-se a paciência com esta fase em que nos foge para mudar a fralda, só quer aproximar-se das esquinas mais perigosas ou das fichas elétricas e, muitas vezes, ainda temos de dar uma ajuda para adormecer. Depois de um dia menos bom, lá vem um dia excelente em que está bem disposto e em que tudo funciona bem para me dar forças. E entretanto lá fazemos mais uma viagem para visitar os avós de Coimbra. 






sexta-feira, agosto 7

E o prémio de melhor descoberta das férias vai para... a praia da Fábrica

Eu não era a pessoa mais algarvia de sempre, nem sequer era muito de praia e tinha os preconceitos do costume  relativamente ao Algarve - praias lotadas, filas nos restaurantes, preços inflacionados, mas o marido querido deu-me a conhecer Tavira logo nos primeiros anos de namoro. Esta zona está longe desses infernos que descrevem. Claro que é sempre melhor ir em julho ou setembro, que em agosto, mas nada que não se faça.

Gostamos de variar entre as praias da Lota, Manta Rota, Verde, Barril... mas talvez a que gostássemos mais, até este verão, fosse a ilha de Tavira com o necessário e lindo passeio de barquinho pela ria Formosa, e porque é também a praia da infância dele...

Rapariga cheia de curiosidade que sou, quando ouvi falar que a revista Traveler, do grupo Condé Nast, tinha escolhido a praia da Fábrica, em Cacela Velha, como uma das melhores do mundo, convenci-o a irmos. Esta vilazinha amorosa já é paragem obrigatória há muitos verões para os nossos jantares. A Casa Velha é o nosso restaurante de eleição para comer choquinhos à algarvia, ostras, arroz de lingueirão entre outras iguarias e este ano não foi exceção. O Henrique deixou-nos jantar fora todos os dias, enquanto dormia no carrinho.

Lemos que o acesso a esta praia - e também à de Cacela Velha, que fica mesmo ao lado - é feito em barquinhos de pescadores junto ao restaurante Costa, também conhecido pelo arroz de lingueirão, nesta pequena localidade da Fábrica, por isso ficámos com medo que fosse algo precário, que não assegurasse as condições necessárias a um bebé. Mal chegámos sossegámos quando percebemos que há alguma organização nos barcos, há até uma tabela de preços (1€ para a Fábrica, 1,5€ para Cacela Velha) e horários com travessias até às 20h30, o que nos deixou bem mais descansados, mas também mostra que a procura ainda é alguma... Subido o barquinho a motor, faz-se a viagem de 2 ou 3 minutos para atravessar a ria e logo, logo está-se na praia, que é uma língua deslumbrante de areia, sem palhotas, música alta, nada de concessões, nem de bandeiras ou de nadador salvador, mas a água praticamente não mexe, não há grandes perigos...  Graças à escassez de lugares de estacionamento e do acesso condicionado pelos barcos, há quase uma linha única de chapéus em frente ao mar e, quem quiser andar mais, está sozinho. Foi aqui que o Henrique passou a gostar da água do mar, porque na maré baixa forma umas poças quentinhas perfeitas para os mais pequeninos brincarem. Depois de muito chapinhar, foi ao banho com o pai e gostou muito, a água também estava mais quente que nas restantes praias. Num dos dias até decidimos optar pela aventura de vir pela ria na maré baixa a pé. Mesmo com o Henrique ao colo - que já pesa 9 quilinhos de amor - fez-se bem. O lodo e as partes mais escuras da ria fazem alguma impressão mas também fez arte do momento.

Sinto que isto para mim é que é praia e descanso com o verdadeiro contacto com a natureza, sem ninguém a empatar a nossa vista e espaço. E ainda avistámos bolinhas num dos dias - acho que íamos tarde demais para apanhá-las mais vezes, mas elas andam por lá... Fiquei verdadeiramente feliz de ter descoberto este santuário para as nossas férias deste e dos próximos anos. Até fiquei com vontade de voltar no inverno para procurar uma casinha ali mesmo em Cacela Velha para arrendar no próximo verão.








quinta-feira, agosto 6

Passatempo BeBunXi - temos vencedora!

A coroa do passatempo que fizemos em parceria com a BeBunXi vai viajar até uma cabecinha amorosa nas Caldas da Rainha. Parabéns à grande vencedora - Catarina Correia!