terça-feira, outubro 13

Onze




Onze meses de ti e continuas a bater recordes no número de sorrisos que me despertas todos os dias. Chego ao fim do dia rota de brincar contigo, de gatinhar atrás de ti e às vezes de cabeça perdida de ter de te dar a volta quando me resistes mas, assim de repente, não há nada que me pareça demasiado dramático se tu estiveres bem e feliz. E a vida tem sido generosa connosco, continuamos a passar os dias inteirinhos juntos e a divertir-nos à brava. Todos os dias o pai e eu ficamos simplesmente felizes de acordar porque tu estás lá com aquele sorriso e, apesar de já fazeres completamente parte da nossa vida há meses, ainda olhamos muitas vezes um para o outro surpreendidos a perguntar-nos como é que nos foi acontecer assim uma coisa tão boa.

Vá, mãe. Deixa-te dessas coisas, vais tu dizer-me...

Bom, queria apenas que soubesses um dia que este mês ganhaste mais dois dentes, mais um baixo e um em cima - já tens três e sem noites mal dormidas, apenas algumas birras de irritação com o incómodo. Passas a vida a explorar estas novas pedrinhas que tens na boca com a língua da fazer estalinhos.

E, apesar de ainda não dizeres mais nada senão ma-ma-ma-ma, estás cada vez mais comunicativo. Consegues perceber quando te peço para me dares alguma coisa - dás-me comida à boca, o que é bastante adorável -, entendes quando te digo para me penteares e passas o teu pente assim à superfície dos meus cabelos com a maior satisfação do mundo, apontas para a banana e para o cão de peluche quando te pergunto onde está... um rol de coisas simples que nos deixam boquiabertos quando acontecem. Ficas muito muito satisfeito quando és compreendido.

Outra das tuas proezas é segurares as tuas bolas com apenas uma mão, com ela assim estendida e a bola apenas equilibrada nos teus dedinhos pequeninos. Ficas radiante quando consegues fazê-lo. Estás a aprender a atirar a bola à mãe, qualquer dia já conseguimos jogar em família.

Tens vindo também a desenvolver uma paixão especial pelos animais. Ficas louco de felicidade quando vês cães, gatos, patos, pombos... acho que vais conseguir dar-me a volta e ensinar-me a perder os meus medos com alguns deles. Afinal também vieste para nos ensinar tantas coisas felizes...






sábado, outubro 3

Cadeiras para o carro: dúvidas e mais dúvidas

As viagens de carro têm sido bastante difíceis, sobretudo quando vamos os três e ele fica sentado lá atrás, ainda no ovo, virado para o banco, em sentido contrário à marcha. Chora imenso e só se cala quando pomos músicas infantis ou quando eu mudo para trás e faço trinta por uma linha para entretê-lo. Está quase a deixar de caber nele, e talvez por isso o desconforto.

Tenho andado a fazer muitas perguntas nas lojas e aos amigos para comprarmos a nova cadeira do carro. O problema é que as respostas e as teorias que obtenho divergem: há os que acham que se deve continuar com uma cadeira virada para trás porque, quanto mais tempo ficarem nessa posição, mais seguro será em caso de acidente. E outros que passam automaticamente para as outras cadeiras já viradas para a frente, o que eu acho bem mais interessante para eles verem o caminho e se entreterem mais. Pelo que percebi, a primeira opção obriga a comprar duas cadeiras (grupo 1 e 2/3) e a segunda apenas uma (grupo 1/2/3), ainda que numa primeira fase com um redutor, caso escolhamos uma que o tenha, caso contrário fica a nadar. Em termos de segurança, não percebo como é que uma solução é melhor que outra se ambas as cadeiras são homologadas e seguem as regas de segurança definidas pela União Europeia. A verdade é que os nossos amigos mais próximos optaram por esta última solução de ter apenas uma cadeira e eu fico aqui entalada entre argumentos... Se optar por uma 1/2/3 estou inclinada para esta Be Cool Thunder, que vi na Prénatal e me parece equilibrada entre conforto, preço e qualidade.



sexta-feira, outubro 2

Sapatos: até quando vais resistir pequeno Mogli?

Não há nada mais querido que os pés de um bebé. De inverno dão vontade de morder, mesmo através dos collants, e de verão é a loucura total. O Henrique ainda para mais é um acrobata e anda sempre de pernas no ar a morder os pés. Nunca achei, por isso, muita graça a sapatos decorativos, e o Henrique andou, até aqui, com os pés à solta - descalço ou de meias antiderrapantes.

Desde que começou a gatinhar e a pôr-se em pé, comecei a pensar que talvez uns sapatos lhe endireitassem os calcanhares, que ele tanto dobra e que lhe dificultam a tarefa de andar. A inércia e as teorias de que não há nada como o próprio pé encontrar o seu equilíbrio venceram durante uns tempos mas, agora que começa a ficar frio e que nos emprestaram uns sapatos de primeiros passos da Chicco, gostava de conseguir pôr-lhos. Conseguir, sim, o verbo é mesmo esse porque a tarefa não tem sido fácil. Tem medo dos sapatos, encaracola o pé todo e ao fim de muitas lágrimas dele e suor nosso, é sabido quem vence a batalha. Por mais ajudantes, bonecos que lhe ponhamos à frente, nada feito. Até quando vou ter um pequeno Mogli descalço?

Uma amiga ofereceu-se para ajudar e vamos experimentar uns Bobux com submarinos amarelos e mais moles, tipo segunda pele, que fizeram as maravilhas do bebé dela. A minha expectativa é que lhes ache graça e que não se sinta tão apertado. Se não funcionar, e porque já ando a sonhar com eles há bastante tempo, acho que lhe (me) ofereço uns Moleke de franjinhas nos anos... Aí, se não gostar deles, choro eu.