segunda-feira, junho 29

Desafio mãe/sogra


Desde que fui mãe pela primeira vez que tenho tentado ganhar confiança neste papel, mas nem sempre é fácil e muitas vezes há quem saia um bocadinho mais atingido neste processo, sobretudo as pessoas mais experientes e com sentido de iniciativa que, ao quererem ajudar, acabam por nos fazer sentir mais limitadas nessa descoberta. No meu caso, cliché dos clichés, foi a minha sogra querida, a quem já confessei por diversas vezes a dificuldade que tenho em partilhar este ser maravilhoso que ambas amamos - o nosso Henrique. E é porque ela sabe que tento melhorar que me sinto confiante de escrever aqui sobre o assunto.

Conscientemente, quero que ele tenha a melhor relação possível com os avós de ambos os lados, que guarde memórias tão boas da infância com eles, quanto eu com os meus, e que nós possamos também usufruir um bocadinho do tempo a dois e com os nossos amigos, graças à ajuda preciosa deles. E, na realidade, é isso tudo que tem acontecido. Por motivos de disponibilidade e porque vamos visitá-los muitas vezes, acho que o Henrique nem nunca ficou tanto tempo com alguém como com os avós de Coimbra, os meus sogros, em quem tenho a maior da confiança - não fossem eles os pais de dois filhos maravilhosos  - um deles o homem que escolhi para partilhar todos os meus dias (há melhor argumento?).

Na prática, há por vezes desencontros de opiniões sobre um ou outro aspeto de educação ou na forma de nos relacionarmos com o bebé, em que nós pais temos opiniões específicas baseadas naquilo que vamos aprendendo e que estamos a tentar aplicar (não queremos que ele fique baralhado com as regras) ou fruto da experiência que temos por naturalmente conhecermos melhor o nosso filho. Quanto mais segura me sinto como mãe e mais consciência tenho das necessidades do nosso bebé, porque passo a maior parte do tempo com ele, mais facilidade tenho em chegar-me à frente e resolver, com ajuda de uma boa gargalhada, às vezes, estas pequenas questões tentando transmitir-lhes as manias dele - e as minhas - de fase para fase, partilhando as nossas preocupações e aproveitando todos os momentos em que posso deixá-lo com os avós para fazê-lo, para que todos possamos adorar este bebé querido, conscientes que nós somos os pais, eles os avós e cada um tem o seu papel fundamental.

Por tudo isto, e porque assumo que o meu feitio pode ser muito crítico, mas sei que sou tendencialmente conciliadora e que tenho a sorte de estar a lidar com avós amorosos e cheios de boa vontade, acho que temos conseguido chegar a bom porto e que temos sabido gerir estas pequenas diferenças. Decidi por isso aventurar-me e convidar a minha sogra para escrevermos juntas uma série de dicas de boa convivência de noras e sogras no que respeita aos filhos/netos, um guia prático que para nós será muito útil e espero que também possa servir a tantas tantas amigas, quase todas, que se sentem e ressentem com estas questões. Em breve partilharei aqui os frutos desse trabalho conjunto. O desafio está lançado!

Um comentário:

  1. Verdadinha margarida... por vezes chocam dois mundos diferentes e surgem algumas dificuldades em definir papeis. Felizmente a minha sogra é tão insegura que segue á regra o que peço... no entanto, choco mais com a minha mãe..com quem já tive algumas discussões ora por diminuir a minha opinião, ora por achar que ela tem sempre razão, ora por lhe dar colinho quando ralho...

    beijinhos, Nidia

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