segunda-feira, setembro 21

Dez



Ando desaparecida, eu sei. Sono (muito sono) na hora das sestas, as birras dos primeiros dentes, muita organização de assuntos fora e dentro de mim e, vá confesso, alguma preguiça levaram-me a este com os dois pés mais na vida offline. Às vezes também sabe muito bem... Assim, a publicação sobre os dez meses do Henrique, festejados no dia 1 de setembro, tardou mas não ficou esquecida. Aqui vai, dedicada a ele, para que um dia leia cada "capítulo" da sua grande e longa história de vida, assim o desejo.

Meu rabanete, pinchavelho bebé, berlinde, carapau manteiga, pirolito gasoso e todos outros nomes ridículos que só o amor gigante que temos por ti justificam que te chamemos,

Este mês não foi mesmo nada aborrecido porque nos surpreendeste, como sempre, com uma data de coisas novas. A que mais me surpreendeu foi quereres começar a comer sozinho. Pegas na colher com convicção, aceitas a custo a nossa ajuda para ir buscar alguma coisa ao prato e depois consegues quase perfeitamente levá-la à boca. Nem sempre leva tudo o que estava previsto e cai metade pelo caminho, mas a tua desenvoltura surpreende-nos. Ainda temos muitos progressos para fazer neste campo - e menos sujidade à volta - mas temos anos de treino pela frente, meu amor. 

Outra coisa importante deste mês foi teres aprendido a cair melhor. Sim, a cair, porque, como ainda não andas mas gatinhas velozmente agarrando-te a tudo a que podes, esta é uma garantia de que não temos de andar mesmo atrás de ti com medo que te magoes. Posso simplesmente ficar sentada numa ponta do quarto a ver-te trepar e a cair em cima da fralda sem grandes danos. É verdade que preferíamos que não batesses tantas vezes de forma mais ou menos suave aqui ou acolá, mas a verdade é que te esqueces em 30 segundos e vais à tua vida.

Mesmo no final do mês, o avô Zé viu-te fazer uma mastigação diferente com a boca e adivinhou que vinham lá dentes. Desta vez, ganhou mesmo a aposta que fizemos e começou a brotar da gengiva um dentinho adorável que dá toda uma nova melodia às tuas dentadinhas na bolacha Maria, e algumas birras justificadas pelo incómodo. 

O pai diz que estás muito menino da mamã e como eu gosto disso! O que mais quero dar-te é autonomia com responsabilidade mas também com amor. Saber que encontras no meu colo o conforto que precisas deixa-me no céu. E não é só comigo que estás mais miminho, também com o pai, com os avós e com as tias. Contrariando a tua tendência para fugir às montanhas de abraços e beijinhos que te damos, agora és tu que pareces gostar de vir ronronar um bocadinho junto a nós. Nem que seja por 3 segundos pousas a cabeça no nosso colo ou ombro e ficas ali a gozar um bocadinho aquele recosto. Estamos com esperança que melhores esse tempo para podermos gozar esses teus mimos de outra forma...

E por fim... estás um palrador nato! Às vezes lá tentamos descortinar algo parecido com uma palavra na tua "conversa" mas só pelo tom conseguimos perceber se estás a dar gritinhos de felicidade, se estás a ralhar ou se estás simplesmente a meter conversa connosco. Bastante engraçada essa tua linguagem...

Ah, e ainda bates palminhas e dás "bacalhaus"...

Eu não disse que era muita coisa? Continuas um bebé perfeitamente adorável e como eu gosto de viver cada um dos teus dias de tão perto...! 

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