Mostrando postagens com marcador Os nossos dias. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Os nossos dias. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, maio 25

Os nossos dias: leituras para recém-nascidos e mais além



Quando se quer acalmar uma criança, tenta-se de tudo (mesmo de tudo) mas nunca pensei que a leitura, algo que aparentemente só começaria a ter maior impacto quando os bebés começam a falar e a perceber-nos melhor, tivesse um efeito tão tranquilizante num recém-nascido. Comecei a ler para o Henrique tinha ele menos de dois meses e se, nessa altura, achava que o maior efeito era o reconhecimento da voz que ele tinha ouvido dentro da barriga, agora, tendo ele sete meses, acho mesmo que, além desse motivo ele se entusiasma com os livros e com a história através de mim.

Quando está mais agitado e já brincámos e passeámos tudo o que podíamos, deito-o ao meu lado, em cima da nossa cama ou numa manta no chão, e leio-lhe simplesmente até ele se fartar. A ilustração é sem dúvida um fator importante mas a voz em constância e algum jeito para ir personificando os personagens, ou para encontrar uma história para os livros que têm menos texto, fazem maravilhas. Fica muito atento, nunca adormece enquanto leio e o fascínio pelo objeto livro não deixa de ser curioso. O mais engraçado é que gosta também de por as mãos nas minhas bochechas e boca para perceber de onde saem os sons e talvez a vibração. E assim a leitura ganha ainda um significado maior, além de ser uma aprendizagem enorme para a vida dele, torna-se um momento de ternura.

Os nossos livros preferidos são sem dúvida os da Planeta Tangerina - "Quando eu Nasci", "Pê de Pai" e o "Coração de Mãe", o trio perfeito oferecido pela minha mãe ao neto ainda antes dele nascer -, "O Pai Mais Horrível do Mundo" porque dá para inventar muito à volta das frases curtas, o "Ungali" que tem muitas exclamações engraçadas, e o "Poemas pequeninos para meninas e meninos", cujas rimas servem um bocadinho de embalo. Entretanto fomos comprando mais e trazendo alguns livros da nossa infância como a coleção do Bolinha e outros clássicos, nada especialmente vocacionado para a idade dele porque acho que, desde que tenham algumas imagens coloridas, com alguma imaginação se pode ir orientando a leitura.