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segunda-feira, maio 25

Des-materializar a casa: do prazer de me desprender dos objetos




Deitar fora catrefadas de coisas que não precisamos lava durante alguns instantes a alma. Tenho uma regra cá em casa que vou tentando cumprir (um pouco desregradamente): sempre que entra uma coisa, tem de sair outra - quer seja para dar a alguém, devolver, para reciclar ou simplesmente para deitar fora. Há sempre um casaco que já nos está demasiado pequeno ou cheio de borbotos, um jornal de há três semanas atirado a um canto, um cabo de uma máquina fotográfica que já não usamos ou um tupperware que não nos pertence. Para quê ter coisas estragadas, partidas, desnecessárias ou que não são nossas? Ia tentando cumprir isto até entrarem milhões de coisas emprestadas para o Henrique e sentir que tenho a casa cheia de tralha para devolver ou à espera dos irmãos. Preciso de espaço. Mental também.