sexta-feira, agosto 14

Este miúdo mata-me de amor

Há as birras e há a maior parte dos momentos que são técnicos, em que a felicidade está lá mas não precisamos sempre de estar sempre a pensar nisso para nos sentirmos especiais e sortudos. E depois há aqueles momentos que não dá para descrever porque parecem tontos de simples, mas que são mesmo incríveis no coração de uma mãe. 

Quando está bem disposto depois de comer costumo ficar ali um bocadinho de roda dele na cadeira da papa a brincar até sentir que está pronto para a sesta ou para a noite. Hoje pus a cabeça em cima do tabuleiro para ele me mimar, o que equivale a deixá-lo puxar-me os cabelos, o nariz e tudo o mais, e ele ria-se que nem um perdido de ter ali a sua mamã em vez do prato da sopa. Depois quis o pacote de toalhitas que estava em cima da bancada. Comecei a fazer "cucu, onde está a mamã" e em vez de precisar de me esconder foi ele com o pacote a esconder-me a cara várias vezes. Estávamos os dois tão felizes que só nos ríamos da felicidade de podermos comunicar com algo tão simples. Ele sabia que eu estava a percebê-lo e estava radiante com isso. É tão bom dar-lhe os meus dias, poder estar em casa para presenciar estes momentos. Ainda que os dias não sejam leves - ser mãe é verdadeiramente trabalhar a tempo inteiro - não me canso desta decisão. 

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