quarta-feira, agosto 5

Ferrugem e osso


Estávamos tão relaxados no dia antes de voltarmos aos nossos "trabalhos" (as aspas são para o meu), que conseguimos alugar este "Ferrugem e Osso" e nem sentir aquele aperto de domingo, acrescido de final de férias. Foi uma doce transição.

Este filme do Jacques Audiard, que já é de 2012, conta a história de um amor improvável entre um segurança, boxeur e pai muitas vezes ausente de um miúdo de 5 ou 6 anos com uma treinadora de orcas, meio perdida no seu vício da sedução, que fica sem pernas depois de um acidente de trabalho. Ela é protagonizada pela maravilhosa Marion Cotillard e ele é o giro do Matthias Schoenaerts, que eu desconhecia. A forma genialmente bem filmada e trabalhada por Audiard de mostrar a superação da depressão dela no pós-acidente e dele, enquanto pedra bruta que desconhece a verbalização de sentimentos, culminando numa história de amor, deixou-nos rendidos ao filme. Como pais uma das cenas finais, com a quase morte do rapaz dentro de um buraco no gelo, pôs-nos doentes. Fartei-me de me contorcer no sofá. A partir do momento em que se tem um filho as histórias tenebrosas de abusos, desaparecimentos, acidentes e afins tocam-nos mesmo de outra forma... Fora isso, recomendadíssimo.





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